COLETIVO AS TRAVESTIDAS

AS TRAVESTIDAS é resultante de uma pesquisa de 14 anos, realizada pelo ator e diretor Silvero Pereira, sobre o universo das travestis e transformistas. O primeiro passo desse processo está na construção do solo UMA FLOR DE DAMA (2002.

Em junho de 2008, abrindo o projeto FORA DE HORA, no Porão do Theatro José de Alencar, estreou CABARÉ DA DAMA, o segundo substrato dessa investigação. Dando novo formato ao solo UMA FLOR DE DAMA, Gisele Almodóvar, Verônica Valentino e Alicia Pietá (personagens dos atores Silvero Pereira, Jomar Carramanhos e Bernardo Vítor, respectivamente) conjugaram shows de transformistas (dublagens) e a referida peça teatral.

O CABARÉ foi concebido com a finalidade de oportunizar um espaço de entretenimento e reflexão por meio de um ritual contemporâneo envolto em atmosfera festiva. E é neste sentido que o espetáculo ganha a empatia de grande parcela de seus espectadores, enquanto soma de uma forma teatral simples e dinâmica agregada à latência da interpretação dos atores e o conteúdo social que entreabre a cortina do teatro de aparência que envolve o universo trans, mostrando-o para além dos estereótipos e preconceitos.

Em Abril de 2010 estreou o terceiro trabalho ENGENHARIA ERÓTICA – FÁBRICA DE TRAVESTIS. Pautada em atividades empíricas (entrevistas, observações e laboratórios) e científicas (livros e artigos), que busca entreabrir a cortina de silêncio do teatro do sonho, de aparência, que envolve as travestis. Essa montagem parte da necessidade em procurar compreender ainda mais o mundo dessas pessoas para além do estereótipo e preconceitos.

            Em Junho de 2013, estreia o espetáculo BR-TRANS por meio de uma pesquisa de imersão por 06 (seis) meses no Estado do Rio Grande do Sul. Este espetáculo construiu uma trajetória de sucesso entre festivais nacionais e internacionais, além de indicações para importantes prêmios no Brasil, a publicação do livro e filme BR-TRANS.

Em abril de 2015 estreou o espetáculo QTMT – QUEM TEM MEDO DE TRAVESTI, um aprofundamento nos procedimentos técnicos desenvolvidos dentro do Coletivo sobre Teatro e Travestilidade, tendo o transformismo como um processo de alter-ego do ator, construindo assim, o ator-trans.